sábado, 21 de março de 2015

Nossa Senhora de Gietrzwald e o poder da oração



autor: Valdis Grinsteins

Infelizmente, hoje é muito comum encontrar paróquias que não têm pároco, ou várias paróquias cujo pároco é o mesmo. Obviamente isso traz como conseqüência dificuldades para as pessoas freqüentarem os sacramentos, horários de missa complicados, doentes sem assistência religiosa, e muitos outros problemas análogos. A tendência natural das pessoas é queixar-se, procurar um culpado, mas esquecemos que a solução desse tipo de problemas passa muitíssimas vezes por nossas próprias mãos. Como? Utilizando o poder da oração do Rosário. E a história das aparições de Nossa Senhora de Gietrzwald, no norte da Polônia, nos dá desse poder uma prova concreta.

Uma história tumultuosa




Poucas nações têm uma história mais tumultuada que a da Polônia. De antiga potência na região leste da Europa, e baluarte do catolicismo, passou no século XVIII por uma decadência moral espantosa, que chegou a extremos, como o fato de bispos imorais serem linchados pelo povo, e o próprio rei condecorar generais invasores inimigos. Nada estranho, pois, que o país tenha então desaparecido, repartido entre seus vizinhos. Mas foi justamente o choque e a humilhação dessa divisão que produziu um sobressalto religioso e um ressurgimento nacional.

Dois dos países que dividiram a Polônia — a Rússia cismática e a Prússia protestante — colocavam todo tipo de obstáculos para a renovação moral do país. Entre esses obstáculos estava o controle das paróquias, motivo pelo qual muitas ficavam sem pároco por períodos mais ou menos prolongados. Mesmo havendo sacerdotes disponíveis, estes não podiam cumprir suas obrigações. Parecia uma situação sem saída.

Justamente nesse momento deram-se as aparições de Nossa Senhora a duas meninas de 12 e 13 anos, entre os dias 27 de junho e 16 de setembro de 1877. A primeira das aparições ocorreu a Justyna Szafrynska, quando voltava com a mãe de um exame religioso para avaliar se estava preparada para a primeira comunhão. Passavam diante de uma árvore existente na frente da Igreja, quando a menina viu a Virgem. Surpreendida, mas tímida, decidiu voltar ao mesmo local no dia seguinte, com sua amiga Barbara Samulowska, de 12 anos. Logo que começaram a rezar ali o Rosário, viram uma “brilhante Senhora” sentada num trono, com o Menino Jesus em suas mãos, e rodeada de anjos. As meninas lhe perguntaram quem era, e Ela respondeu:

— Sou a Virgem Maria da Imaculada Conceição.

— E que deseja a Mãe de Deus?

Desejo que rezem o Rosário todos os dias.

Numa das aparições seguintes, entre perguntas sobre se estas ou aquelas pessoas tinham se salvado, perguntaram se a Igreja na Polônia voltaria a ser livre, e se as paróquias da região receberiam párocos em breve. A resposta de Nossa Senhora foi muito clara:

Sim. Se as pessoas rezarem com ardor, a Igreja não será oprimida e as paróquias abandonadas receberão sacerdotes em breve.

Esta resposta da Virgem difundiu-se pelo local, e as pessoas começaram a rezar o Rosário, não só individualmente, mas de modo especial em família e em público. E igualmente começaram as peregrinações ao local. 

É claro que as autoridades anticatólicas da zona fizeram de tudo para evitar essa renovação religiosa. Declararam ser tudo uma fraude, uma manifestação de nacionalismo, um perigo público para o Estado, e até obstáculo para o “progresso”. Os padres que defenderam ou apoiaram as videntes foram presos e multados por “espalhar falsidades”. 

Um dos que mais se distinguiu em difundir as aparições foi o capuchinho Honorato Kozminski, beatificado em 1988.

O Papa Paulo VI elevou a igreja de Gietrzwald a basílica menor em 1970


Mas as perseguições não conseguiram evitar que as pessoas continuassem rezando o Rosário. Pelo contrário, solidificavam as pessoas na sua determinação.

O bispo local procedeu conforme as normas sapienciais da Igreja nesses casos. Enviou delegados para investigar discretamente o que se passava e verificar a conduta das videntes. Sabendo que aumentava a recitação pública do Rosário, ordenou aos religiosos do local que rezassem também com o povo, dando ele próprio o bom exemplo. Seus delegados confirmaram que as meninas videntes se comportavam normalmente, e que nada nelas indicava desejo de ganhar notoriedade ou aproveitar de outra forma os acontecimentos.

Cinco anos depois, e graças à perseverança na reza do Rosário, a situação era completamente diversa. As paróquias tinham sacerdotes, a freqüência aos sacramentos se multiplicava, aumentaram as vocações nos mosteiros da região e houve notórias graças de conversão de pecadores. A recitação do Rosário em família tornou-se comum e permanece até hoje. Os próprios perseguidores da Igreja acharam melhor não mexer no caso, para evitar problemas maiores.

Se bem que o bispo diocesano tenha publicado no ano seguinte os resultados favoráveis do seu inquérito, e o Papa Paulo VI tenha elevado a igreja de Gietrzwald a basílica menor em 1970, foi somente em 1977, nas cerimônias comemorativas do primeiro centenário das aparições, que estas foram aprovadas oficialmente pelo bispo local.

Hoje podemos fazer o mesmo
O capuchinho Honorato Kozminski se distinguiu em difundir as aparições. Foi beatificado em 1988.


Nas minhas numerosas viagens de norte a sul do Brasil, fiquei muitas e muitas vezes chocado pela falta de clero e de sacramentos até em capitais, especialmente no mês de janeiro, durante as “férias” religiosas. É claro que a tremenda crise pela qual atravessa a santa Igreja tem parte nisso, e não pequena. Mas não podemos nós fazer algo para solucionar o problema? Não podemos organizar também a reza do Rosário?

A doutrina católica não muda, e Nossa Senhora, como boa mãe, sempre quer nos ajudar. Portanto, aquilo que ajudou a outros no passado pode nos auxiliar hoje também. Afinal, Deus é o Senhor da História, e é Ele que move os corações dos homens. Na procura de um sacerdote fervoroso para a cidade, paróquia ou instituição, vence quem consegue mover o Sagrado Coração a nos conceder o que pedimos. O que para nós pode ser ou parecer impossível, para Ele não o é. Nada é impossível para Deus.

E mover o Sagrado Coração está ao nosso alcance, por meio da Virgem Santíssima. Basta rezar com fervor, conforme a Virgem recomendou às meninas em Gietrzwald.

fonte: Catolicismo.com.br


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A GRANDE PROMESSA

terça-feira, 10 de março de 2015

Dom Athanasius Schneider sobre o Sínodo dos Bispos: "divorciados recasados” receberem a Sagrada Eucaristia

CatolicismoQual é a opinião de Vossa Excelência sobre o Sínodo? Qual é a mensagem dele para as famílias?


Dom SchneiderDurante o Sínodo houve momentos de manipulação óbvia por parte de alguns clérigos que detinham posições-chave na sua estrutura editorial e de governo. O relatório intermediário (Relatio post disceptationem) foi um texto claramente pré-fabricado, sem nenhuma referência real às verdadeiras declarações dos padres sinodais. 

Nos tópicos sobre a homossexualidade, a sexualidade e os “divorciados recasados” com sua admissão aos sacramentos, o texto representa uma ideologia neopagã radical. 

Não se tem registro em toda a História da Igreja de um texto tão heterodoxo publicado efetivamente como documento de uma reunião oficial de bispos católicos sob a presidência de um Papa, apesar de o texto revestir-se de caráter preliminar. Graças a Deus e às orações dos fiéis de todo o mundo, um considerável número de Padres Sinodais rejeitou resolutamente tal agenda, que nos três tópicos acima mencionados reflete a principal corrente de moralidade corrompida e pagã do nosso tempo, a qual se funda na ideologia do gênero e está sendo imposta globalmente através de pressão política e da quase todo-poderosa mídia oficial. 

Embora apenas preliminar, esse documento sinodal é uma verdadeira vergonha e indica até que ponto o espírito anticristão do mundo já penetrou em níveis importantes da vida da Igreja. Esse documento permanecerá, tanto para as gerações futuras quanto para os historiadores, como uma nódoa com a qual a honra da Sé Apostólica foi manchada. Felizmente, a mensagem dos Padres Sinodais é um documento verdadeiramente católico, que descreve a verdade divina sobre a família sem silenciar as raízes mais profundas dos problemas, ou seja, o pecado. Ela dá muita coragem e consolação às famílias católicas.


CatolicismoEsses grupos de pessoas que estavam esperando uma mudança no ensino da Igreja com relação às questões morais (por exemplo, permitindo que divorciados e pessoas recasadas recebam a Sagrada Comunhão ou a concessão de qualquer forma de aprovação às uniões homossexuais) provavelmente ficaram decepcionados com o conteúdo da Relatio [Relatório] final. 
Não existe, no entanto, o perigo de que o questionamento e a discussão de questões fundamentais no ensinamento da Igreja possam abrir as portas a graves abusos e a tentativas similares de revisão desse ensinamento no futuro?

Dom SchneiderDe fato, um mandamento divino — em nosso caso, o sexto mandamento —, a indissolubilidade absoluta do casamento sacramental, uma regra divinamente confirmada como o é a inadmissibilidade de se aceder à Sagrada Comunhão em estado de pecado grave, como ensina São Paulo em sua admoestação inspirada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 11, 27-30) não se podem submeter à votação; como nós também, por exemplo, não podemos colocar em votação a Divindade de Cristo. 

Uma pessoa que ainda conserve o vínculo matrimonial sacramental indissolúvel e que, apesar disso, vive em convivência marital estável com outra pessoa, por Lei divina não pode ser admitida à Sagrada Comunhão. Seria uma negação pública e prática — embora não teórica — por parte da Igreja da indissolubilidade do matrimônio cristão, e ao mesmo tempo a revogação do sexto mandamento da Lei Deus:“Não adulterarás”

Nenhuma instituição humana, nem mesmo o Papa ou um Concílio Ecumênico, tem autoridade e competência para invalidar, ainda que de modo mínimo e indireto, um dos Dez Mandamentos divinos ou as palavras divinas de Cristo: “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mc. 10, 9).


Este fato é grave em si e representa uma arrogância clerical em relação à verdade divina da Palavra de Deus. A tentativa de colocar em votação a verdade e a palavra divinas é indigna daqueles que, como representantes do Magistério, devem transmitir zelosamente as regras contidas no depósito divino (cf. Mat. 24, 45). 




Ao admitir os “divorciados recasados” à Sagrada Comunhão, aqueles bispos estabelecem uma tradição nova e pessoal, transgredindo assim o mandamento de Deus, como os fariseus e os escribas repreendidos por Cristo (cf. Mat. 15, 3). Uma circunstância agravante é o fato de tais bispos tentarem legitimar sua infidelidade à Palavra de Cristo com argumentos tais como “necessidade pastoral”, “misericórdia”, “abertura ao Espírito Santo”.

Pior ainda, eles não têm sequer medo nem escrúpulos de perverter de forma gnóstica o significado real dessas palavras, rotulando ao mesmo tempo de rígidos, escrupulosos ou tradicionalistas aqueles que se opõem a eles e que defendem o mandamento divino imutável e a verdadeira tradição católica. 

Durante a grande crise ariana do século IV, os defensores da Divindade do Filho de Deus também foram tachados de “intransigentes” e “tradicionalistas”. Santo Atanásio foi até excomungado pelo Papa Libério, que se justificou com o argumento de que aquele santo não estava em comunhão com os bispos orientais, que na verdade eram em sua maioria hereges ou semi-hereges. 

São Basílio Magno, diante daquela situação, afirmou o seguinte: “Apenas um pecado é hoje severamente punido: a observância atenta das tradições de nossos Pais. Por essa razão, os bons são expulsos e exilados ao deserto” (Ep. 243).

Na verdade, os bispos que apoiam a Sagrada Comunhão para “divorciados recasados” são os novos fariseus e escribas, porque negligenciam o mandamento de Deus, contribuindo para o fato de que do corpo e do coração dos “divorciados recasados” continuem a “proceder adultérios” (Mat. 15, 19), porque desejam uma solução exteriormente “limpa”, e que pareça “limpa” também aos olhos daqueles quem detêm o poder (a mídia social, a opinião pública). No entanto, quando eles aparecerem um dia no tribunal de Cristo, ouvirão certamente para sua consternação estas palavras:

Por que recitas os meus mandamentos, e tens na boca as palavras da minha aliança? Tu que aborreces meus ensinamentos e rejeitas minhas palavras ... e com adúlteros te associas? (Sl 50 (49): 16-18).


Um cardeal que apoiou aberta e rijamente a questão da Comunhão para os “divorciados recasados”, e que fez até mesmo declarações vergonhosas sobre “casais” homossexuais na Relatio preliminar, estava insatisfeito com a Relatio final, e declarou despudoradamente: “O copo está pela metade”,dizendo — ainda que não ao pé da letra — que se deveria trabalhar para que no próximo ano no Sínodo o copo esteja cheio. 


Catolicismo—Vivemos hoje um auge de agressão contra a família, agressão esta acompanhada por uma tremenda confusão na área da ciência sobre a identidade humana. Infelizmente, há alguns membros da Hierarquia da Igreja que ao discutirem essas questões, expressam opiniões que contradizem os ensinamentos de Nosso Senhor. Como devemos conversar com as pessoas que se tornam vítimas desta confusão, a fim de fortalecê-las em sua fé e ajudá-las a se salvar?
Dom SchneiderNeste momento extraordinariamente difícil, Cristo está purificando a nossa fé católica para que por meio desta provação a Igreja brilhe mais e seja realmente sal e luz para o insípido mundo neopagão, graças à fidelidade e à fé pura e simples, em primeiro lugar dos fiéis, dos pequeninos na Igreja, da “Ecclesia docta” (a Igreja dos aprendizes), que em nossos dias reforçará a “docens Ecclesia” (a Igreja docente, ou seja, o Magistério), de forma semelhante à grande crise de fé do século IV, como o Beato John Henry Newman relatou:  Foi sobretudo por meio dos fiéis que o paganismo foi derrubado; como foi através do povo fiel sob a liderança de Atanásio e dos bispos egípcios, e em alguns lugares apoiados por seus bispos ou sacerdotes, que se resistiu à pior das heresias e que ela foi expulsa do território sagrado. ...

Naquele tempo de imensa confusão, o dogma divino da divindade de Nosso Senhor foi proclamado, aplicado, mantido e (humanamente falando) preservado, muito mais pela ‘Ecclesia docta’ do que pela ‘Ecclesia docens’; o corpo do Episcopado foi infiel a sua missão, enquanto o corpo do laicato foi fiel ao seu batismo; ...

Devemos encorajar os católicos simples a serem fiéis ao Catecismo que aprenderam, a serem fiéis às palavras claras de Cristo no Evangelho, a serem fiéis à fé que seus pais e antepassados lhes legaram. 
Devemos organizar círculos de estudos e conferências a respeito do ensino perene da Igreja sobre a questão do casamento e da castidade, convidando especialmente os jovens e os casais. 

Devemos mostrar a beleza inerente a uma vida de castidade, a beleza inerente ao matrimônio cristão e à família, o grande valor da Cruz e do sacrifício em nossas vidas. Devemos apresentar cada vez mais os exemplos dos santos e das pessoas exemplares que demonstraram que, apesar de terem sofrido as mesmas tentações da carne, a mesma hostilidade e o desprezo do mundo pagão, no entanto, com a graça de Cristo, levaram uma vida feliz na castidade, no matrimônio cristão e na família. A fé, a fé católica e apostólica, pura e integral, vencerá o mundo (cf. 1 João 5, 4).

fonte: http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/52D4CCAD-0B7E-1C4B-6FD978453C680F73/mes/Janeiro2015


domingo, 1 de março de 2015

"A Rússia espalhará seus erros". E o comunismo se alastrou pelo mundo.

“Não se deve misturar política com religião”.  É uma afirmação muito difundida, até certo ponto verdadeira,  mas que precisa ser analisada com cuidado. Hoje em dia, é claro, há um abuso no apresentar a religião como instrumento de transformação  política da sociedade. Fazem-se muitos dos adeptos da chamada Teologia da Libertação.
          Entretanto – numa visão completamente distinta –  a Igreja sempre ensinou que também os aspectos políticos, sociais, econômicos da vida humana devem estar impregnados de religiosidade. E que uma coisa não pode simplesmente ser separada da outra.
          Com efeito, a própria Mãe de Deus veio nos trazer em Fátima  uma mensagem de cunho essencialmente religioso, na qual figuram entretanto referências a problemas políticos de nosso conturbado século. Se uma doutrina político-social é contrária à Religião católica, estabelecendo, por exemplo, o Estado como uma instituição atéia,  não nos deve causar surpresa que Nossa Senhora tenha verberado essa concepção.


Na aparição de 13 de julho de 1917, o comunismo ainda não tinha conquistado o poder nesse país, pois o governo do Czar havia sido substituído pelo governo burguês de Kerensky, em março daquele ano. E foi só com a revolução de outubro de 1917 – dia 7 de novembro no calendário ocidental – que a Rússia caiu sob o jugo comunista. Na época das aparições, não teria sentido falar de Rússia comunista. Mas, no contexto da Mensagem fica claro que esse país transformar-se-ia num flagelo e, mais ainda, num flagelo anticatólico.
Foi a partir da Rússia que o comunismo realmente se difundiu pelo mundo, utilizando os grandes recursos do país e lançando mão dos eficientíssimos métodos de guerra psicológica revolucionária como arma de propaganda. Todas as nações que tiveram a infelicidade de serem dominadas pelo comunismo podem traçar a origem de sua desgraça, colocando como ponto de referência  a Rússia, seja pelo envio de armas e de agentes subversivos, seja pelo fato de terem sido ocupadas diretamente pelo Exército vermelho.

Como Nossa Senhora previra – a grande difusão dos erros do comunismo, a partir da Rússia, pelo mundo inteiro. Fundaram-se partidos comunistas em todos os continentes. Foram lançadas as classes sociais umas contra as outras. Expandiu-se o terrorismo por todo o globo. Em nosso continente, Cuba não cessou de ser até agora  um foco de subversão que continua a difundir o vírus mortal do comunismo, especialmente em países da América Latina.




           Em todas as nações que o comunismo dominou, houve uma sistemática coerção da liberdade da Igreja que chegou até a perseguição. Proibiu-se a difusão da doutrina católica e a realização de atos de culto em público, escolas e estabelecimentos caritativos católicos foram confiscados, numerosos católicos foram aprisionados, torturados e muitos deles chegaram ao martírio. Recentemente ainda foram beatificados vários mártires, como o Bispo búlgaro Eugênio Bossilkov, as Carmelitas do Convento de Guadalajara, na Espanha, e o Cardeal Stepinac, da Croácia.

Dos 15 países da Comunidade Européia, 13 estão sob  governos social-democratas, socialistas ou de agremiações esquerdistas; na Rússia acaba de ser nomeado como primeiro-ministro um ex-agente da KGB; na Ásia, os comunistas clássicos continuam no poder na China, no Vietnã, na Coréia do Norte. Em nosso continente, além de Cuba e a Guiana serem oficialmente comunistas, a Venezuela é governada por um partido de esquerda e a Colômbia está seriamente ameaçada pelas guerrilhas marxistas. 



No Brasil, o MST – de orientação confirmadamente comuno-católica – vai assumindo cada vez mais as características de um movimento guerrilheiro de vastas proporções, que a qualquer momento pode surpreender a Nação.




Mais subtil, porém não menos real, é a metamorfose do comunismo clássico e sua expansão pelo mundo, especialmente a partir da Revolução da Sorbonne, em 1968. É a Revolução Cultural de cunho esquerdista que vai desagregando toda a sociedade pela dissolução dos costumes, a disseminação da droga, o divórcio, o aborto, o homossexualismo, a imoralidade nos meios de comunicação social, etc.
          Diante desse panorama, como pensar que os castigos enunciados em Fátima tiveram seus dias encerrados com o término da Segunda Guerra Mundial?
          Lembremo-nos entretanto que a mensagem de Nossa Senhora  em Fátima conclui com uma entusiasmante promessa: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”  Coloquemos, pois, toda  nossa confiança nEla, nesta hora trágica e gloriosa para a Santa Igreja e a Civilização Cristã.
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*Antonio Augusto Borelli Machado,  As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia,  Editora Vera Cruz Ltda., 35ª edição, São Paulo, 1993, pp. 46-47.

fonte: http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=C8C78D80-F3A6-F56A-339AF20CC9834E16&mes=Outubro1999