quarta-feira, 29 de maio de 2013

QUANDO OS LEIGOS SUSTENTAM A IGREJA


Cardeal Newman




(Trecho de artigo publicado em The Rambler, julho de 1859, citado por Hugues Keraly, Présence d’Arius, Paris, D. M. M., 1981)



É bastante notável que, embora falando historicamente o século IV seja a época dos doutores, aquele que foi iluminado por santos como Atanásio, Hilário, os dois Gregórios, Basílio, Crisóstomo, Ambrósio, Jerônimo e Agostinho (tendo sido bispos todos esses santos, com uma única exceção), contudo, nessa mesma época, tenham sido os leigos que mantiveram a tradição divina confiada à Igreja.

Efetivamente, isso exige alguma explicação: dizendo isso, não nego evidentemente que, em sua expressiva maioria, os bispos tenham sido ortodoxos, no mais íntimo de sua fé; tampouco nego que tenha havido membros do clero para assistir os leigos e servir-lhes de guia e fonte de inspiração; nem desconheço que os leigos tenham recebido certamente a fé, em primeira mão, dos bispos e do clero; não nego que haja entre os leigos alguns ignorantes e que outros se tenham corrompido por pregadores arianos, os quais conseguiram apoderar-se das sedes episcopais e ordenar sacerdotes heréticos. No entanto, persisto em dizer que, nessa época de imensa confusão, o dogma divinamente revelado da divindade de Nosso Senhor foi proclamado, afirmado e mantido e, falando humanamente, preservado muito mais pela Ecclesia docta do que pela Ecclesia docens; que o corpo dos bispos foi infiel à sua missão, ao passo que os leigos permaneceram fiéis ao seu batismo; que ora o Papa, ora uma sede patriarcal, metropolitana ou outras sedes importantes, ora concílios gerais disseram o que jamais deveriam ter dito, ou realizaram atos que obscureceram ou puseram em perigo a verdade revelada. Entrementes, foi o povo cristão que, sob a orientação da Providência, constituiu a força cristã de Atanásio, de Eusébio, de Verceil e de outros confessores solitários da fé, que sem esse povo não teriam resistido [...]. Digo que houve suspensão temporária das funções da Ecclesia docens. O conjunto dos bispos foi infiel ao dever de confessar sua fé.

Vejo, pois, na história do arianismo, um rematado exemplo de situação da Igreja durante a qual, se quisermos discernir onde está a Tradição apostólica, é aos fiéis que devemos recorrer.

[...]


O Cardeal John Henry Newman nasceu em 1801, foi admitido pela Igreja Católica em 9 de outubro de 1845, ordenado sacerdote católico (era sacerdote anglicano) em 1 de junho de 1847, em Roma. Celebrou sua primeira Missa em 5 de junho de 1847. Liderou o Movimento de Oxford que procurava as raízes católicas da fé na Inglaterra. Foi criado cardeal em 12 de maio de 1879.


# em tempo-> 25 de abril de 2008:

Jornal Birmingham Mail informou da curação milagrosa de um diácono em Boston, de uma doença da coluna vertebral que lhe impedia de caminhar, e que foi atribuída ao servo de Deus Cardeal John Henry Newman. Este fato permitirá a beatificação que está prevista para fim de ano.
* * * 


Nós como leigos podemos divulgar as Mensagens do profeta Pedro II (Bento da Conceição)?




Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito. Nº 900 pág. 258.



obs.: retirado do Catecismo da Igreja Católica, edições Loyola, São Paulo, ano 2000






Essas notas foram aqui retiradas para não tornar a leitura desagradável.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

"É pelo amor entre Vós que o mundo conhecerá que sois meus discípulos”



Fonte: GaudiumPress


“É pelo amor entre Vós que o mundo conhecerá que sois meus discípulos”. Este axioma precioso e verdadeiro tem sido confirmado ao longo dos 2000 anos da história da Igreja de várias maneiras; por exemplo, através do comportamento dos santos, que são os modelos propostos pela sabedoria da Esposa Mística de Cristo para nossa própria vida.

Com o espírito colocado nesse ponto luminoso da doutrina pregada por Nosso Senhor Jesus Cristo, consideremos alguns fatos da vida dos santos. Já de início toda a nova doutrina e consequente modo de viver ensinado pelo Divino Mestre no que diz respeito ao relacionamento humano, transforma profundamente a mentalidade do mundo antigo. Que deus da antiguidade chamava seus adoradores de amigos? Ao contrário, os deuses pagãos sempre eram concebidos pelos seus seguidores como seres prepotentes, egoístas e que muitas vezes padeciam das mesmas e diversas paixões desregradas do ser humano, tendo com seus seguidores um trato rude, exigindo-lhes sacrifícios de sangue.

“É pelo amor entre Vós que o mundo conhecerá que sois meus discípulos”. 


Quando Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu sobre a terra foi tal a transformação que o mundo sofreu, que, até hoje, se torna difícil fazer uma idéia de como era o mundo antes dEle. Só Ele, o verdadeiro Deus, é que pôde dizer: “Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.” Dando o exemplo mais sublime que se poderia dar, o de um Deus que ama os seus adoradores a ponto de torná-los seus amigos e até irmãos, dar sua própria Mãe para que fosse também Mãe de cada um deles, e até dar sua vida pelos seus adoradores, era compreensível e aceitável que Ele recomendasse como norma de conduta: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”

Esse exemplo divino foi seguido com toda a integridade e brilho por Maria Santíssima. Os evangelistas foram muito comedidos em comentar sua vida, mas sabe-se que a visita a Santa Isabel foi um refulgir do amor de Deus que transbordou do coração de Maria. A intervenção preocupada dEla nas bodas de Caná, livrando os noivos de uma dificuldade, e muitos outros atos de amor ao próximo que terão sido praticados por Ela e dos quais só na eternidade teremos conhecimento, constituem as pegadas douradas deixadas por Ela sobre as de Seu Divino Filho.

Felizmente para nossa edificação, a vida de muitos outros santos que seguiram os passos do Jesus Cristo Nosso Senhor é conhecida em detalhes. Por exemplo, a vida de São Francisco de Assis.

São Francisco de Assis 


Conta-se no “Fioretti”, livro com muitos fatinhos da vida do Poverello, que estando ele no início da obra para a qual Deus o havia chamado, chorava tanto durante a oração – por pura compaixão ao considerar os sofrimentos do Divino Redentor – e esta era tão prolongada que, em consequência, ficou quase cego. E um dia foi distrair-se com o irmão Bernardo, seu primeiro discípulo.

Chegado ao local onde este costumava orar, chamou-o por três vezes, sem obter resposta. Um pouco abatido, porque considerou que o Irmão não queria falar-lhe, retirou-se. Estando a caminho de volta, o Senhor lhe revelou que o Ir. Bernardo estava, naquele momento, em alta contemplação conversando com Deus, e que, por isso, não o havia ouvido. S. Francisco voltou então e chamando o Ir. Bernardo confessou humildemente que havia pensado mal dele, pedindo-lhe perdão.

Por seu lado, a admiração que este discípulo manifestava por seu fundador era tão grande que ele nem queria ouvir o pedido de perdão. Mas S. Francisco, radicalmente, ordena-lhe em nome da santa obediência, que, por aquele mal pensamento, o Irmão Bernardo pisasse por três vezes sobre seu pescoço e sua boca dizendo: “Aguenta aí, vilão, filho de Pedro Bernardone, de onde te vem tanta soberba, sendo a mais vil das criaturas?”

Obedecendo da maneira mais delicada possível o Ir. Bernardo executa a ordem. A seguir pede ele a S. Francisco que, por caridade, lhe prometesse algo: que sempre que estivessem juntos o repreendesse e corrigisse asperamente por seus defeitos. S. Francisco, que o tinha por homem muito virtuoso e santo, daí em diante passou a falar com ele o mínimo possível, porque não queria corrigir aquele a quem considerava maior e mais santo que si.



Santa Clara de Assis


Um outro fato muito edificante deu-se entre S. Francisco e Santa Clara. É fato muito conhecido que ela foi atraída à vida religiosa por ele e renunciou a uma situação cômoda no meio das riquezas, para abraçar a vocação franciscana. Apesar de ter sempre palestras e reuniões com S. Francisco para que ficar bem formada no espírito da Ordem, ela manifestava o desejo de, um dia, partilhar uma refeição com seu pai espiritual. Ele, por sua vez, por temor de dar-se a si mesmo esse deleite, sempre o negava. 

Seus irmãos e discípulos intecederam a favor dela e instaram que atendesse o pedido da pobre dama, uma vez que ela tinha renunciado a tudo por amor a Deus e era tão santa. S. Francisco, muito cordato, concordou: “Parece-vos que devo concordar? Se vos parece que sim, também a mim parece.” Convidou-a então a almoçar com ele em Santa Maria dos Anjos, a igreja onde ela havia feito seus votos e onde tinha cortado seus cabelos, símbolo de sua entrega total a Deus. No dia combinado, lá foi ela felicíssima, acompanhada de uma irmã. 

A pobre refeição foi servida, sentando-se à mesa S. Francisco e Santa Clara, sua irmã e um outro frade. Todos os demais frades da comunidade se aproximaram da mesa para acompanhar a refeição. Tão logo os comensais começaram a falar das coisas de Deus com suavidade, alegria e elevação, eles mesmos e todos os que assistiam foram tomados pela abundância da graça divina e ficaram extasiados em Deus. As pessoas de longe perceberam que a casa e o bosque ao lado pareciam arder em chamas e muitos ali acorreram, temendo que fosse um incêndio. Nada, porém, encontraram que justificasse tanta luz, apenas um conjunto de santos que, com fisionomias alegres e embevecidas, se entretinham num êxtase comum e com isso glorificavam o Senhor.

A consideração desses singelos episódios não nos trazem alívio e consolação? São manifestações de personalidades inocentes, despretensiosas, tão distantes das preocupações do mundo, que já vivem a atmosfera do céu.

Rir-se-á, talvez, algum incrédulo materialista, dizendo: “Quimeras! O mundo não é isso! É preciso trabalhar, ganhar dinheiro, progredir!” E de dentro do quadro medieval, um dos castos personagens poderia lhe perguntar: “Mas, a que preço?” E, se por um segundo o materialista tivesse a consciência reta, resmungaria: “Ao preço de uma escravidão às paixões e vícios por toda a vida, e depois uma eternidade desgraçada, de escravidão ao demônio.”



Por Ângela Tomé.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Labareda solar..., que nada.


A informação é dada como um gigantesco chicote solar;


Especialistas dizem que é outro sinal de que o sol está 'acordando', uma vez que se aproxima de seu máximo solar de 11 anos, que está previsto para o final deste ano.
Cuidado! Nasa divulga imagem impressionante de 'chicotes solares' gigantes com o sol acordando para máximo solar de 11 anos.

A rajada de material solar salta fora do lado esquerdo do sol no que é conhecido como uma erupção destaque. Esta imagem combina três imagens de Dynamics Observatory da NASA Solar capturados em 3 de maio de 2013, às 1:45 pm EDT, assim como uma erupção solar de classe M da mesma região estava diminuindo.
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Mas para quem tem fé,... é mais uma obra da Misericórdia de DEUS que tenta de tudo para nos avisar que o fim se aproxima e com isso espera a conversão dos pecadores





Arrependam-se e convertam-se, antes que o REI dê o Seu último sinal!