domingo, 23 de dezembro de 2012

Nem a CNBB possui autonomia para avacalhar a Liturgia.


As missas inculturadas em geral se assemelham mais a festejos folclóricos

21 dez 2012
missa_sertaneja_padre
De umas décadas para cá, vem se perdendo a noção de que a missa é feita paraexaltar e agradar a Deus, e não aos homens. Fazem missa para celebrar a negritude, a cultura gauchesca, a vida sertaneja, o amor ao time de futebol… E Jesus, que pediu “Fazei isto em memória de mim”, vai ficando pra escanteio.
A partir do Concílio Vaticano II, a Igreja entendeu que seria benéficoadmitir a diversidade na forma de celebrar a liturgia, abraçando o princípio da inculturação do Evangelho, como explica o Padre Paulo Ricardo:
“…é necessário, que para que o Evangelho chegue até o os povos, que a Igreja assuma a forma de falar daquele povo, e assim a mensagem do Evangelho, que é sempre a mesma, a mesma fé de dois mil anos, vai ser compreendida pelos povos neste esforço de adaptação.
“Um exemplo extraordinário de inculturação nós tivemos (…) no padre bem-aventurado José de Anchieta, o grande apóstolo do Brasil, que veio ao nosso país e aqui aprendeu a língua indígena, escreveu uma gramática tupi, fez peças de teatro em língua tupi, português e espanhol, (…) e assim ele pôde transmitir a fé.” (1)
Esse é um esforço de inculturação positivo, autêntico. Porém, o que vemos prevalecer em nosso país é avacalhação da santa missa, sob a desculpa de promover a inculturação. O rito romano é desrespeitado pelo uso de paramentos, músicas, gestos e outros elementos mundanos e estranhos à sua sacralidade, ou até mesmo profundamente relacionados a outras religiões (sincretismo). Sobre isso, continua a nos esclarecer o Pe. Paulo Ricardo:
“Nós não estamos lidando com pessoas bem-intencionadas que querem levar o Evangelho para uma cultura diferente. (…) A maior parte das pessoas que fala de inculturação está querendo (…) não levar o Evangelho para os povos, para o mundo, mas trazer o mundo para dentro da Igreja.” (1)
A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR nº 395) deixa claro que qualquer adaptação na liturgia, por menor que seja, não pode ser realizada sem a prévia autorização da Santa Sé. Nem a CNBB possui autonomia para deliberar sobre estas questões. Apesar dessa orientação, muitos sacerdotes violam descaradamente a Constituição Sacrosantcum Concilium (2),queestabelece:
“…jamais algum outro, ainda que sacerdote, acrescente, tire ou mude por própria conta qualquer coisa à Liturgia.” (SC., 22 § 3)
É válido ressaltar que as adaptações na liturgia da missa são admitidas pela IGMRespecialmente para os povos recém-cristianizados, o que está longe de ser o caso do Brasil. Falar em missa inculturada aqui, depois de mais de 500 anos de catolicismo na veia é, no mínimo, muito estranho.
celebracao_zumbi_missa_afro
Foto de missa afro. Em destaque, ATABAQUES, intrumentos de percussão típicos da umbanda e do candomblé. Pra quem curte sincretismo, é um prato cheio… de pipoca!

Mas os padres tupiniquins que promovem missas inculturadas veem os povos das diversas regiões do Brasil como caricaturas étnicas e regionalistas. Suas mentes funcionam mais ou menos assim:
  • “Você é negro? Muito axé! Vamos fazer uma missa com muita cor, muito rebolado, muita cocada e atabaques. Sem isso, você não poderá se identificar com o rito, né, meu rei?”
  • “Você é do interior? Então o padre tem que usar chapéu de cowboy na missa e cantar que nem o Zezé Di Camargo.”
  • “És gaúcho? Bah, tchê, certamente só se sentirá bem em uma missa em que  o padre vista bombacha, tenha um lenço no pescoço e use a cuia do  chimarrão no lugar do cálice do vinho!”
As missas inculturadas em geral se assemelham mais a festejos folclóricos – que são muito interessantes, mas não diante do altar do Cordeiro Imolado – do que a ritos sagrados. E assim, vai sendo sufocada verdadeira liturgia, aquela que eleva os corações a Deus e faz resplandecer o rosto de Cristo. 

O que diz o Catecismo: !!!

L.13.14.11 Mudança do rito dos Sacramentos

§1125 E por isso que nenhum rito sacramental pode ser 
modificado ou manipulado ao arbítrio do ministro ou da 
comunidade. Nem mesmo a suprema autoridade da Igreja pode 
alterar a Liturgia ao seu arbítrio, mas somente na obediência da 
fé e no religioso respeito do Mistério da Liturgia.



Fonte: jbpsverdade.blogspot

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