quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vida conjugal - viver pelo bem do outro


Respeito - a chave para um relacionamento de sucesso



 Os gritos começam quando termina a inteligência.
 A palavra respeito significa apreço, consideração, acatamento, deferência, obediência, submissão, referência, relação, medo e temor.

 Por que as pessoas costumam ferir aquelas que mais amam? Como seria a família se todos se respeitassem?
  
São Paulo, ao escrever sobre o amor à igreja de Corintios definiu amor como respeito, porque, em síntese, amar é respeitar. Veja como as virtudes do amor têm tudo a ver com o respeito.

I Corintios 13, 4-9

O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não 
guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência também desaparecerá.
Pois o nosso conhecimento é limitado; limitada é também a nossa profecia.

Ou seja:

O amor sabe esperar sem se irritar; é paciente
O amor não é invejoso, porque respeita a alegria do outro.
O amor não é rude; é gentil e delicado.
O amor não se irrita e nem é hipersensível; reage com temperânça
O amor nunca se alegra com a injustiça; sempre espera que a verdade triunfe.
O amor é leal, mesmo que para amar, você tenha que se sacrificar.

Quando o marido e a mulher não se respeitam é porque o casamento está doente e corre perigo. Observe que antes de listar as virtudes do amor, o Apóstolo São Paulo escreveu:

" Ainda que tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de 
toda a ciência; ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não 
tivesse amor, nada seria."

 Se o casal perder o respeito, a vida conjugal perde o brilho, e a relação torna-se um peso insuportável. Se o casamento é uma viagem, ninguém gosta de viajar ao lado de alguém que não sabe respeitar. É por isso que São Pedro diz:

I São Pedro 3,

"1 Do mesmo modo, vós, mulheres, submetei-vos aos vossos maridos. Assim, se alguns são rebeldes à Palavra, a conduta das suas mulheres poderá ganhá-los sem palavras,

" 7 Do mesmo modo, vós, maridos, sede compreensivos na vida conjugal, mostrando consideração para com as esposas, por serem de constituição mais delicada e também por serem herdeiras como vós do dom da vida. Assim, a vossa oração não ficará sem resposta.


A vida fica melhor quando tratamos uns aos outros com respeito. Lembrem-se: Quem sabe respeitar o próximo, constrói confiança e credibilidade. Uma mulher desrespeitada pelo marido perde dele a sua admiração e apreço. Um marido desrespeitado pela esposa vive pela metade, não tem prazer em protegê-la.

                              Dois quesitos básicos para manter o respeito entre o casal:


1. Respeitar os limites do outro. Qual é o propósito essencial dos limites? Porque os limites são necessários? Porque só é possível saber até onde vai minha propriedade se houver uma linha demarcatória (limite). Os limites definem o que é meu e até onde eu posso ir. A palavra mais simples para definir limites é "não". O respeito aos limites contribui para que a convivência seja agradável e enriquecedora. É preciso respeitar o "não" do cônjuge.

2. Respeitar as diferenças do cônjuge. Só haverá unidade sadia no casamento, se o casal respeitar as diferenças que existem entre eles. Cuidar e ser cuidado, respeitando as diferenças recíprocas, eis o desafio. Ninguém é uma extensão do outro; ao contrário, somos indivíduos distintos, cada qual com seus próprios direitos. 

Quando deixamos de ver as pessoas com realmente são, o amor acaba.
 Não se pode transformar o cônjuge em escravo de nossas vontades e não vê-lo como realmente é. É preciso  superar o egocentrismo básico com o qual nascemos, e perder a mania de achar que o "mundo gira em torno de nós". É possível resolver os conflitos de opiniões ou de interesses diferentes. O que é necessário para que isso aconteça? Respeito!


Reflexões: 

I Corintios 7, 

29 Uma coisa vos digo, irmãos: o tempo tornou-se breve. De agora em diante, aqueles que têm esposa comportem-se como se não a tivessem; 

Ao que se refere o Apóstolo São Paulo com essa passagem acima?

Podemos tecer duas considerações: a condição temporal e a condição futura.

A condição temporal está ligada ao momento do casal. O momento em que o casal se encontra e daí ser chamado a castidade no casamento.

Sobre isso podemos ler mais aprofundadamente no Catecismo da Igreja Católica. 


S.36.1 Castidade e sexualidade
§2337 A vocação à castidade A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher.
A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.

§2395 A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.

S.36.4 Fecundidade e sexualidade
§2370 A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má "toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação" [ anticoncepcional, pílulas, camisinha, DIU, etc ]

"À linguagem nativa que exprime a recíproca doação total dos cônjuges a contracepção impõe uma linguagem objetivamente contraditória, a do não se doar ao outro. Deriva daqui não somente a recusa positiva de abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade interior do amor conjugal, chamado a doar-se na totalidade pessoal." Esta diferença antropológica e moral entre a contracepção e o recurso aos ritmos periódicos "envolve duas concepções da pessoa e da sexualidade humana irredutíveis entre si".

S.36.12 Sexualidade desordenada
§2351 AS OFENSAS À CASTIDADE A luxúria é um desejo desordenado ou um gozo desregrado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união.

§2352 Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana".

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E a condição futura é em relação a vinda de JESUS


fonte: ser mulher 2009 e Catecismo da Igreja Católica.
Adaptações dos textos: autor desse Blog.

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