domingo, 18 de outubro de 2015

Concílio Vaticano III - leia-se: Sínodo da Família, o novo aggiornamento.

Na ocasião do concílio Vaticano II, o Santo Padre Pio havia recusado as inovações e o 'aggiornamento'.




Aggiornamento é um termo italiano, que significa "atualização". Esta palavra foi a orientação chave dada como objetivo para o Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII em 1962[1] [2] . Por outras palavras, o aggiornamento é a adaptação e a nova apresentação dos princípios católicos ao mundo actual e moderno, sendo por isso um objectivo fundamental do Concílio Vaticano II.
O documento conciliar Sacrosanctum Concilium resume o espírito do aggiornamento da seguinte maneira: "fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições susceptíveis de mudança, promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio da Igreja[3] .
fonte: Wikipedia


Publicamos a seguir um extrato do artigo do Frei João, capuchinho de Morgon (França), publicado na Carta aos amigos de São Francisco, n° 17, de 02.02.1999:

“Modelo de respeito e de submissão a seus superiores eclesiásticos e religiosos, em particular por ocasião das perseguições contra ele próprio, o Padre Pio de Pietrelcina não podia ficar mudo ante um desafio nefasto à Igreja.

Antes mesmo do fim do concílio, em fevereiro de 1965, anunciaram-lhe que seria preciso em breve celebrar a missa segundo um novo rito “ad experimentum”, em língua vulgar, e elaborado por uma comissão litúrgica conciliar para responder às aspirações do homem moderno.

Antes mesmo de ter o seu texto sob os olhos, escreveu imediatamente a Paulo VI, pedindo-lhe fosse dispensado dessa experiência litúrgica e pudesse continuar a celebrar a Missa de São Pio V.

Tendo-se o cardeal Bacci deslocado para lhe levar esta autorização, Padre Pio deixou escapar esta queixa para o enviado do Papa: “O Concilio, por piedade, acabai com ele depressa!”

No mesmo ano, na euforia conciliar que prometia uma “nova primavera” para a Igreja e para o mundo, confiava a um de seus filhos espirituais:

“Rezemos nesta época de trevas. Façamos penitência pelos eleitos.” E sobretudo por aquele que deve ser o supremo pastor da Igreja católica: toda a sua vida ele “se imolará” pelo Papa reinante, cuja fotografia figurará sempre entre as raras imagens da sua cela.

Quão significativas outras cenas: estas reações em face do “aggiornamento” que as ordens religiosas assimilaram no dia seguinte ao Vaticano II (citações extraídas duma obra munida de Imprimatur):

“O Padre Geral (dos franciscanos) veio de Roma antes do capítulo especial para as constituições, em 1966, para pedir ao Padre Pio orações e bênçãos. Encontrou o Padre Pio no corredor do convento: ‘Padre, vim para vos recomendar o capítulo especial para as novas constituições…’ Apenas ouviu “capítulo especial”, Padre Pio fez um gesto violento e gritou: ‘Não são senão parlapatices e ruínas!’ — ‘Mas que quereis, Padre? As novas gerações… os jovens evoluem à sua maneira… há novas exigências…’ — ‘É o cérebro e o coração que faltam, eis tudo, a inteligência e o amor.Em seguida avançou para a sua cela, deu meia-volta, e apontou o dedo dizendo:

“Não nos desnaturemos, não nos desnaturemos! Quando Deus nos julgar, São Francisco não nos reconhecerá como filhos!”

Um ano depois, a mesma cena para o “aggiornamento” dos capuchinhos: “Um dia, confrades discutiam com o Padre Definidor Geral sobre a Ordem, quando o Padre Pio, tomando uma atitude espantosa, se pôs a gritar ao mesmo tempo que fixava o olhar longe:

“Mas que estais prestes a fazer em Roma? Que combinais vós? Quereis mesmo mudar a Regra de São Francisco!” E o Definidor diz: “Padre, propõem-se estas mudanças, porque os jovens nada querem saber da tonsura, do hábito, dos pés descalços…” — “Expulsai-os! Expulsai-os! Mas quê? São eles que vão fazer um favor a São Francisco ao tomar o hábito e ao seguir o seu modo de vida, ou é antes São Francisco que lhes faz um grande dom?”


Se se considera que o Padre Pio foi um verdadeiro alter Christus, que toda a sua pessoa, corpo e alma, foi tão perfeitamente conforme quanto possível à de Jesus Cristo,
esta recusa nítida das inovações da Missa e do “aggiornamento” deve ser para nós uma lição que reter.


http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/17820/Sao-Pio-de-Pietrelcina-o-Concilio-e-a-Missa-Nova

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Sínodo da família regressa ao Vaticano mais dividido do que nunca


Situação dos divorciados e posição face aos homossexuais opõe sectores reformistas e conservadores. Papa tentará na reunião um equilíbrio delicado.

Um ano depois, bispos de todo o mundo regressam neste domingo ao Vaticano para o segundo dos dois sínodos sobre a família, num ambiente de grande tensão entre reformistas e conservadores. O Papa, que fez deste um tema central do seu pontificado, não quer que a reunião fique refém da discussão sobre a situação dos divorciados que voltaram a casar ou dos homossexuais. Mas pela frente tem a árdua tarefa de conciliar posições que estão mais extremadas do que nunca.
“Existem tantos outros problemas”, desabafou Francisco aos jornalistas no regresso da viagem aos Estados Unidos e a Cuba, um périplo cheio de desafios diplomáticos que parecem fáceis quando comparados com a reunião que se avizinha. No avião, o Papa disse que a Igreja precisa, por exemplo, de uma resposta pastoral para “os jovens que não se querem casar” ou de “reflectir sobre como pode melhorar a preparação para o matrimónio”.
Só que não serão esses temas, aliás bastante consensuais, que mais vão ocupar os 360 participantes no Sínodo, dos quais 279 são bispos vindos de todo o mundo para discutir “a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. 

Foi o Papa, aliás, que direcionou a discussão quando, ao convocar o sínodo extraordinário de 2014, afirmou que a Igreja não deve excluir os divorciados recasados, os que vivem em uniões informais, os homossexuais. 

Sem abrir a porta à revisão da doutrina – “o casamento é indissolúvel”, reafirmou no regresso dos EUA –, defende uma atitude pastoral que seja inclusiva.

Posição que é partilhada pelo bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco, que tal como o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, participará no encontro. A Igreja tem de responder a estas famílias “sem julgar, sem condenar, sem apontar”, disse à Lusa Antonino Dias, que é também presidente da comissão episcopal da família.

Mas se os reformistas aplaudem a possibilidade de aggiornamento, os conservadores denunciam o que dizem ser uma cedência ao relativismo moral das sociedades ocidentais. A tensão ficou bem visível no primeiro sínodo, no Outono passado, onde as críticas ao Papa se fizeram ouvir fora das salas fechadas onde decorreu o encontro, que terminou sem que as duas propostas mais polémicas fossem aprovadas: o acesso dos divorciados recasados aos sacramentos e o acolhimento dos homossexuais na Igreja “com respeito e delicadeza”.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/sinodo-da-familia-regressa-aovaticano-dividido-como-nunca-1709908
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O que querem os "adaptadores a nova sociedade e vida familiar":
Anote ai:

#quebra de paradigmas - 0:50s
#reapresentar a revelação sobre a família - 1:12s
#são textos que pertencem a uma época distante - 4:08s




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" Há um paradoxo entre a fachada democrática deste pontificado e a força de seu pulso. 

Francisco quer dar mais poder aos bispos e às conferências episcopais, ele recusa o título de “Papa” para privilegiar o de “Bispo de Roma”, mas muitos, na Cúria, falando de sua autoridade evocam seu “autoritarismo”… Outro paradoxo: o Papa quer uma gestão colegiada da Igreja Católica, transformando o Sínodo dos Bispos em uma espécie de assembleia permanente consultiva e constituinte. 

Mas toda reforma da Cúria resulta na concentração do poder executivo – que era o apanágio do Secretário de Estado, uma espécie de primeiro ministro – nas mãos… unicamente do Papa. Esta é uma reforma que já está estabelecida. É preciso recuar longe na História da Igreja para encontrar uma igual concentração. 

Entende-se hoje porque, em 2005, o Cardeal Martini, por ocasião do Conclave que elegeu Bento XVI não apoiou seu confrade jesuíta Bergoglio, que era, no entanto, o oponente do Cardeal Ratzinger. 

Eles partilhavam o mesmo programa reformista, uma espécie de Concílio Vaticano III progressista em ato, mas o Arcebispo de Buenos Aires não tinha boa reputação na Companhia de Jesus. 

Ele era conhecido por seu caráter sombrio e autoritário que lhe tinha valido um longo afastamento quando ele era encarregado do governo de uma província jesuíta. Este Papa é um patrão. Ele é genioso. Além disso, sua popularidade mundial é tamanha que ele não tem medo de ninguém. "
Jean-Marie Guénois


O especialista de religiões do Figaro explica as reformas que o Papa quer implantar e as diferenças de fundo e de forma com seus predecessores. Jean-Marie Guénois é redator-chefe no Figaro, encarregado de Religiões. Ele acaba de publicar Até onde irá Francisco [Jusqu’ou ira François], na editora JC Lattes.

http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/5417/34/




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