quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Graça e a Justificação



 Escrito por Leandro Martins de Jesus 






A primeira obra da graça que é operada pelo Espírito Santo é a conversão que realiza por sua vez a justificação (2), pela ação da graça o homem se volta para Deus se afastando do pecado e acolhendo o perdão e a justiça do alto. Segundo o ensino do Concílio de Trento, "a justificação comporta a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior." (cf. DS 1528; CIC § 1989).

A justificação não é merecimento humano, mas fruto da misericórdia de Deus, que foi merecida aos homens pela Paixão de Cristo, que se ofereceu livremente na Cruz como Hóstia Viva, Santa e Agradável, cujo Sangue foi instrumento de propiciação pelos pecados da humanidade (3). Com a justificação se estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem, ao passo que o homem se aproxima pela fé à palavra de Deus (4), que convida a este à conversão. Santo Agostinho dar a entender que a justificação é a " obra mais excelente do amor de Deus", com o seguinte argumento: "a justificação do ímpio é uma obra maior que a criação dos céus e da terra", pois "os céus e a terra passarão, ao passo que a salvação e a justificação dos eleitos permanecerão para sempre" . (Cf. Sto. Agostinho, in. Johannis Evangelium tractatus, 72,3 apud CIC §1994).



II – A Graça



Uma vez que a justificação do homem é fruto da graça de Deus, cabe perguntamos o que é a graça? E o Catecismo da Igreja Católica responde sem falhas: "A graça é favor, o socorro gratuito que Deus nos dá para responder a seu convite: tomar-nos filhos de Deus, filhos adotivos participantes da natureza divina, da Vida Eterna."(cf. CIC § 1996).

Assim sendo, a graça nada mais é do que o auxílio de Deus para que o homem possa responder positivamente ao Seu chamado. Deve-se ter em conta, que a graça é dom gratuito que Deus concede ao homem pelo Espírito Santo no Sacramento do Batismo, trata-se do que a Igreja denomina de "graça santificante ou deificante",que agindo no homem é a fonte da santificação.

A graça santificante é um dom habitual (uma disposição estável e sobrenatural ) que prepara o homem para viver segundo os desígnios de Deus, é preciso que se distinga a graça habitual (5) das graças atuais (6), que são intervenções divinas na vida do homem, no decorrer da obra de sua santificação.

A própria preparação do homem para acolher a graça de Deus já é obra da graça, dada a necessidade de suscitar e manter a colaboração do homem em sua própria santificação, cooperando com a graça. Por isso ensina Santo Agostinho: "Sem dúvida, operamos também nós, mas o fazemos cooperando com Deus, que opera predispondo-nos com a sua misericórdia. E o faz para nos curar, e nos acompanhará para que, quando já curados, sejamos vivificados; predispõe-nos para que sejamos chamados e acompanha-nos para que sejamos glorificados; predispõe-nos para que vivamos segundo a piedade e segue-nos para que, com Ele, vivamos para todo o sempre, pois sem Ele nada podemos fazer." (cf. Sto. Agostinho in, De natura et gratia, 31,35 apud CIC §2001).

Deus age de forma livre, concedendo a graça, e a resposta do homem também deve ser livre, pois "a alma só pode entrar livremente na comunhão do amor". (CIC § 2002).

Sendo a graça de Deus, dom que nos justifica e santifica, compreende também os dons do Espírito Santo (7) que atuando em na vida do homem o ajuda a colaborar na salvação dos outros homens, bem como com o crescimento da Igreja, Corpo de Cristo. São graças sacramentais, dons próprios de cada Sacramento, dos canais da graça de Deus a atingir o homem por meio da Igreja. Existem também as graças especiais, os carismas, que ás vezes são extraordinários, de aceitar uma mensagem autêntica de DEUS em seu coração, que se ordenam à graça santificante tendo como meta o bem comum da Igreja. Outro exemplo de graças especiais são as graças de estado "que acompanham o exercício das responsabilidades da vida cristã e dos ministérios no seio da Igreja: Tendo, porém, dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada, aquele que tem o dom da profecia, que o exerça segundo a proporção de nossa fé; aquele que tem o dom do serviço, que o exerça servindo; quem tem o dom do ensino, ensinando; quem tem o dom da exortação, exortando. Aquele que distribui seus bens, que o faça com simplicidade; aquele que preside, com diligência; aquele que exerce misericórdia, com alegria (Rm 12,6-8)." (cf. CIC § 2004) .

A graça de Deus só pode ser conhecida pela Fé, visto que é de ordem sobrenatural. Dessa forma, não se pode deduzir por sentimentos se "estamos justificados e salvos" (8), isso compete unicamente à Deus, por outro lado, pelos frutos (cf. 7,20) podemos reconhecer que a graça opera em nós, nos impelindo a buscar sempre a progressão na fé, numa atitude de humildade confiante em Deus.



III – O Mérito.



A palavra "mérito" tem sentido de "retribuição devida" . Em termos jurídicos diante de Deus não há mérito da parte do homem, uma vez que a diferença do homem para Deus é infinita. Deus livremente determinou associar o homem à obra de sua graça (9), fazendo com que o homem participasse na vida cristã, com mérito diante de Deus: "A ação paternal de Deus vem em primeiro lugar por seu impulso, e o livre agir do homem, em segundo lugar, colaborando com Ele, de sorte que os méritos das boas obras devem-ser atribuídos à graça de Deus, primeiramente, e só em segundo lugar ao fiel. O próprio mérito do homem cabe, aliás, a Deus pois suas boas ações procedem, em Cristo, das inspirações do auxilio do Espírito Santo." (cf. CIC § 2008).

Dessa forma, o homem ao se tornar filho adotivo de Deus e partícipe por graça da natureza divina, torna-se co-herdeiro de Cristo, e apto para receber a herança prometida da vida eterna (10). Contudo, deve-se notar que ninguém pode merecer a graça primeira, ou seja, o primeiro passo para a conversão, perdão e justificação é graça de Deus por ação do Espírito Santo, que exige uma resposta do homem, resposta essa que livremente pode ser positiva ou negativa. O homem pode merecer em seguida, por ação do Espírito Santo, outras graças úteis à sua santificação, ao crescimento da graça e da caridade, podendo também ganhar a vida eterna.

"A caridade de Cristo em nós constitui a fonte de todos os nossos méritos diante de Deus. A graça, unindo-nos a Cristo com amor ativo, assegura a qualidade sobrenatural de nossos atos e, por conseguinte, seu mérito (desses nossos atos) diante de Deus, como também diante dos homens. Os santos sempre tiveram viva consciência de que seus méritos eram pura graça.

"Após o exílio terrestre, espero ir deleitar-me de vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o céu, quero trabalhar somente por vosso amor. (...). Ao entardecer desta vida, comparecerei diante de vós com as mãos vazias, pois não vos peço, Senhor, que contabilizeis as minhas obras. Todas as nossas justiças têm manchas a vossos olhos. Quero, portanto, revestir-me de vossa própria justiça e receber de vosso amor a posse eterna de vós mesmo..." (Sta. Teresa do Menino Jesus, Oferta)." (cf. CIC§ 2011)



IV – A santidade cristã.



"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade." (cf. Lúmen Gentium, 40). "Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48)


O homem novo envolto pela graça de Deus tende a buscar a perfeição, que é meta de vida para o cristão. O progresso espiritual torna o homem mais íntimo de Cristo, que o busca por meio dos Sacramentos, notadamente a Santa Eucaristia. É de se notar que o caminho da perfeição invariavelmente passa pela cruz, uma vez que "não existe santidade sem renuncia e sem combate espiritual" (11), levando à ascese e mortificação das paixões desregradas, fazendo com que gradativamente o homem possa viver segundo a paz e alegria dos bem aventurados, conforme demonstra São Gregório de Nissa quando afirma que: "Aquele que vai subindo jamais cessa de progredir de começo em começo, por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais cessa de desejar aquilo que já conhece" (cf. S. Gregório de Nissa in, Homilia in Canticum , 8 apud CIC § 2015).

A perseverança final e a recompensa de Deus (a salvação), é o que pela fé, esperam os filhos da Santa Igreja Católica, cooperando com boas obras realizadas pela graça em comunhão com Jesus Cristo (12). Os fiéis cristãos partilham a feliz esperança de serem reunidos na cidade Santa, a nova Jerusalém que descerá do céu junto a Deus (cf. Ap 21,2).

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me" (Mt 16,24).

Itapetinga, Ba, 13 de setembro de 2007, dia de São João Crisóstomo (349 - † 407), Doutor da Igreja.

In caritate Christi,



Leandro Martins de Jesus





NOTAS:

([1] ) - Pedagogo/UESB, 3º ano do Curso de Teologia para Leigos (Vicariato S.João). \n O endere%C3%A7o de e-mail address est%C3%A1 sendo protegido de spambots. Voc%C3%AA precisa ativar o JavaScript enabled para v%C3%AA-lo. '>

(2) - "Arrependei-vos (convertei-vos), porque está próximo o Reino dos Céus" (Mt 4,17)

(3) - Cf. Catecismo da Igreja Católica § 1992; cf. Fl 2,6-11.

(4) - No caso do Batismo das crianças, as mesmas são conduzidas pela Fé dos pais e padrinhos, até a confirmação da própria Fé, na idade da razão. (nota do autor).

(5) - "Disposição permanente para viver e agir conforme o chamado divino" (cf. Catecismo da Igreja Católica § 2000).

(6) - "Designam as intervenções divinas, quer na origem da conversão, quer no decorrer da obra da santificação". (cf. Catecismo da Igreja Católica § 2000.)

(7) - Os dons do Espírito Santo são: Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus (cf. CIC 1830 a 1832).

(8) - Cf. Concílio de Tento. DS 1533-1534.

(9) - Notadamente se observa tal desígnio pela obra da Encarnação do Verbo, assumindo a natureza humana para salva-la. (nota do autor)

(10) - Cf. CIC § 2009-2010.

(11) - Cf. CIC § 2015, II Tm 4.

(12) - Cf. Concílio de Trento.

nota: retirado do texto original, a referência ao 'dom das línguas', cuja falácia o Apóstolo São Paulo esclarece sobre isso na carta aos I Coríntios cap 14, 6 - 9.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

DDD - discagem direta a DEUS

"Assim como a operadora precisa do telefone...

                                    assim são os Santos, diante de DEUS."



Pergunta — Poderia explicar o papel dos santos na oração? Que acontece quando rezamos aos santos? Quais são as orações que todo católico deveria fazer diariamente?

Resposta — A pergunta é oportuna para tratarmos de um tema mais necessário do que nunca e sobre o qual precisamos ter ideias muito claras. Tanto mais por vivermos num mundo em que a fé vai minguando a ponto de poder ser comparada a uma grama rala e escassa, num terreno seco e árido.

Para quem não tem fé, a oração entra na lista das coisas inúteis e sem sentido. Aliás, para muitos, sem nenhum sentido. Estamos na era de um avanço tecnológico assombroso posto ao alcance de todos, desde a mais tenra idade. Até crianças de menos de dois anos chegam a agarrar o smartphone de algum irmãozinho mais velho, e deslizam o polegar sobre a telinha, procurando imitá-lo. A pequenina vê os irmãos falarem com seus (ou suas) coleguinhas de escola através daquele aparelho e forma imediatamente a noção de que esse objeto transmite a voz deles para outras crianças que estão não se sabe onde. De qualquer modo, ela vê que o tal aparelhinho faz essa conexão “mágica”.

Diante desse fato, que se tornou banal hoje em dia, o adulto, que não vive mais no embalo dos sonhos de infância, pode se perguntar: para os homens se comunicarem entre si, a ciência e a tecnologia colocaram à nossa disposição vários meios; mas para eu me comunicar com Deus, que instrumento usar? Não há nenhum instrumento humano! Nada há neste mundo que possa estabelecer minha comunicação com Deus!

Para responder à pergunta do consulente, que versa sobre a questão específica da oração aos santos, convém esclarecer primeiro como se faz a oração dirigida diretamente a Deus.

Como pode o homem comunicar-se com Deus?

Ora, numa definição muito simples, a oração consiste precisamente em falar com Deus! Definição essa que tem a chancela de um grande Doutor da Igreja. Segundo Santo Tomás de Aquino, a oração é a elevação da mente a Deus: elevatio mentis apud Deum. Portanto, uma elevação de minha alma, que é espírito, até Deus, que é puro espírito.

Obviamente, para realizar essa operação, não existe nenhum smartphone espiritual. Colocado diante da definição de Santo Tomás, e tendo em mente os avanços da ciência, talvez alguém levante a hipótese abstrusa de que nosso cérebro possa emitir algum tipo de onda ou feixe de partículas eletromagnéticas que transmitam até Deus nossa oração. Tanto mais quanto nossa atividade mental — intelectiva ou volitiva — deve, de alguma maneira, repercutir nos elementos constitutivos de nosso cérebro. Aliás, a literatura médica apresenta como certo que idosos com atividade intelectual intensa estão menos sujeitos a certos tipos de degenerescência cerebral. Portanto, nossa oração exclusivamente mental produz repercussões físicas e biológicas benéficas em nosso próprio cérebro.

Voltando ao tema que nos ocupa, o dado mais relevante a ter em consideração é que um dos elementos envolvidos nessa comunicação espiritual é um Ser infinito. Então, se procurarmos no homem que faculdades ele tem para comunicar-se com a infinitude de Deus, a resposta pareceria negativa, porque o finito não pode atingir o infinito! Mas a resposta deve ser procurada do outro lado, isto é, do lado de Deus: como pode Deus colocar-se ao alcance do homem para ouvir o que ele tem a dizer-Lhe?

Então, a solução do problema fica muito fácil. Aprendemos no Catecismo que todos os atributos divinos são infinitos. Assim como Ele é onipotente — tudo pode fazer e criou o mundo do nada — também é onisciente, isto é, conhece tudo o que se passa no universo, inclusive os anseios mais íntimos e secretos do coração humano. Basta, portanto, formularmos em nosso coração um desejo ou pensamento que Deus imediatamente toma conhecimento dele. Para falarmos com os grandes deste mundo, precisamos pedir audiência (que não nos será concedida sem os devidos apadrinhamentos...). Mas para falar com Deus, o atendimento é instantâneo, a qualquer hora do dia ou da noite. Que grande honra e felicidade sermos atendidos na hora, pelo Senhor e Criador do Universo!

Os santos veem em Deus as orações que lhes dirigimos

A oração dirigida diretamente a Deus fica assim explicada. E as orações que a Ele dirigimos através de Nossa Senhora e dos santos? É claro que estes não têm uma visão direta do coração humano como Deus tem. Mas Deus quis associá-los na suprema tarefa da salvação das almas. Sobretudo Maria Santíssima, sua Mãe Imaculada, a quem Ele constituiu como Medianeira de todas as graças.

As coisas então se passam assim: a alma faz uma oração, digamos a Santo Antonio, fazendo determinado pedido; em sua contínua contemplação de Deus, Nossa Senhora e o santo invocado veem que aquela pessoa suplica sua intercessão para a obtenção de determinada graça; Nossa Senhora, constituída como tesoureira dos méritos de Jesus Cristo, obtém de Deus a concessão daquela graça; e Deus então atende ao pedido daquela alma, associando os méritos de Santo Antonio aos méritos de Jesus Cristo. No fim do processo, a alma tem a sensação verdadeira de que obteve a graça pela intercessão de Santo Antonio. Tudo muito justo, autêntico e razoável.

A objeção protestante de que os méritos dos santos de nada nos valem perante Deus não leva em conta que eles valem muito, por estarem associados aos méritos de Jesus Cristo, que são o fundamento absoluto de todas as graças concedidas aos homens. O papel de Nossa Senhora, como Medianeira de todas as graças, fica também devidamente realçado. Máxime se tivermos em vista seu título de Co-Redentora, ainda não proclamado, mas cujo fundamento teológico é defendido por mariólogos de peso.

Suponho que seja exatamente esse o esclarecimento que o missivista pedia em sua pergunta: “Que acontece quando rezamos aos santos?”.

Que orações fazer? Que graças pedir?

O missivista pergunta, por fim, que orações deve fazer diariamente. Aí é melhor deixar ao critério do próprio interessado. Vale um princípio geral: reze aquelas orações que mais lhe tocam o coração. As quais, aliás, podem variar de acordo com as disposições de alma no momento em que a pessoa se encontra. [se possível de joelhos e com sua roupa correta. Homem com calça e camisa e mulher de vestido ou saia; ambos de preferência - abaixo dos joelhos]

Não obstante, nunca o fiel deve deixar de fazer a oração da manhã, ao levantar, e a oração da noite, antes de dormir. Um bom católico nunca deixará de rezar o terço diariamente, e se possível o Rosário inteiro (4 terços). A oração do Angelus ao meio-dia e às seis horas da tarde costuma fazer parte do rol diário de orações.

Mas há uma prática que não poderia deixar de ser destacada: o oferecimento das ações e sofrimentos do dia segundo as intenções do apostolado do Sagrado Coração de Jesus, largamente difundido nas associações religiosas arraigadas na Igreja antes do Concílio Vaticano II. 

Se bem que, em seguida ao Concílio, essas associações tenham sido postas de lado, combatidas como antiquadas, e mesmo fechadas em consequência de uma mal entendida participação dos fieis no Santo Sacrifício da Missa — que dispensaria as devoções tradicionais — o oferecimento do dia permaneceu como prática normal de um certo número de católicos. Conviria revalorizá-lo.



Mas a dessacralização e a laicização do mundo avançaram muito nos últimos 50 anos. Seria bom — e a nosso ver, mesmo necessário — que nas intenções do oferecimento do dia fosse incluída a eliminação do laicismo e a restauração da civilização cristã. Sem isso, não haverá a reevangelização do mundo, tão preconizada pelos últimos Pontífices; a semente do Evangelho seria lançada em terreno árido e pedregoso, e se chegasse a brotar, logo se extinguiria, segundo a célebre parábola do semeador de que falou Nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. Mt 13,5-6; Mc 4,5-6; Lc 8,6).

Assim, tomo a iniciativa de propor a seguinte fórmula, que sugiro aos leitores, submetendo-a, porém, respeitosamente, à autoridade eclesiástica competente:

Ofereço-Vos, ó meu Deus, em união com o Santíssimo Coração de Jesus, por meio do Imaculado Coração de Maria, as orações, obras, sofrimentos, más surpresas e decepções deste dia, em reparação de nossas ofensas, e por todas as intenções pelas quais Vós Vos imolais continuamente sobre o Altar. Eu Vo-los ofereço muito especialmente pela restauração da civilização cristã, e sua extensão em todo o mundo, com o cumprimento das promessas de Nossa Senhora em Fátima, em particular a implantação do Reino do Imaculado Coração de Maria ali anunciado.

fonte revista Catolicismo.